domingo, 23 de junho de 2013

Onda de protestos reflete ‘inconformismo extremo’, dizem especialistas

Todo mundo se pergunta: e agora? O aumento da passagem de ônibus em São Paulo foi o estopim. O Movimento Passe Livre organizou as primeiras manifestações. Fecharam a Avenida Paulista e enfrentaram a força policial. Abusos da PM indignaram a população que assistia a tudo, não só pela TV, mas também pelas redes sociais. Com a ajuda de páginas como o Facebook, os protestos foram convocados e disseminados. Não demorou e as passeatas tomaram conta de dezenas de cidades. Maceió não ficou de fora. Mais de dez mil pessoas saíram de casa para pedir melhorias no serviço público, entre outras tantas reivindicações.


Três semanas após o início dos protestos, os governos resolveram atender àquela que foi a primeira das pautas: a revogação do aumento no preço das passagens. O objetivo foi alcançado, inclusive em Maceió, mas continua na rua uma série de outras cobranças. Os gastos com a Copa das Confederações e com a Copa do Mundo, a corrupção, as precárias condições da Educação e Saúde públicas são alguns dos temas que inspiram a revolta popular. Porém, as últimas manifestações exibiram grupos incentivando a intolerância contra partidos políticos e deixaram clara a explosão de vandalismo protestos afora, em todas as regiões do país.


Entre os que, após a última manifestação nacional, na quinta-feira, 20, relatam na internet o orgulho de ter participado do “momento histórico”, em sua maioria jovens entusiasmados com o sonho de um Brasil melhor, começaram a surgir os que se preocupam com a falta de lideranças nas passeatas e com a diversidade de reclamações, dois pontos que inviabilizam as negociações com o poder público. A instabilidade política no Brasil ecoou no mundo. Em vários países, brasileiros também foram às ruas contra a corrupção. Surgiram ameaças da suspensão da Copa das Confederações e até suspeitas de um golpe de Estado.

Fonte:http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=343519&e=2
Postado por: Euclides Avila - Coordenador de Comunicação.

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